sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Homenagem ao dia dos pais.


                   Pai...
Estava agora olhando pela janela,
tentava antecipar sua chegada.
Fiz isso muitas vezes quando era criança.
Outro dia fingi que dormia e esperei você vir me cobrir.
Mas percebi que isso não era mais possível.
Estava aqui nesse quarto sozinho,
lamentava os dias em que fui rude com o senhor
e das inúmeras vezes em que precisou de mim
e eu não estava lá.
Lembrei-me então, dos tempos de criança e adolescência,
quando apesar de todos os seus problemas e cansaço
você sempre arrumava tempo para ir até a minha cama
simplesmente para ver se eu estava bem,
colocava as mãos sobre minha testa
para ver se eu estava com febre,
ajeitava o cobertor,
às vezes deixava algumas moedas embaixo de meu travesseiro.
Eram poucas naquela época, e com certeza, sem muito valor,
mas hoje as desejo como se fossem ouro
porque esses simples gestos não saem da minha cabeça.
Achava que era forte, mas tudo isso me enfraquece.
Quando você saía para trabalhar ou viajar,
eu ficava apreensivo, nunca lhe contei,
mas meu coração doía de saudades.
Pedia a Deus que lhe protegesse e lhe trouxesse de volta.
Você sempre voltava.
Sofrido, abatido, sujo,
mas voltava.
Hoje fico pensando,
será que meus filhos sentem minha falta como eu sentia a sua?
Será que sou importante para eles
como você foi e ainda é para mim?
Será que consigo transmitir a eles
os mesmos valores que aprendi com você?
Também me pergunto,
se você é tão importante para mim,
por que às vezes eu o esqueço?
Por que não tenho tempo para lhe dar um simples "alô"?
Por que às vezes não consigo retribuir o seu carinho?
O engraçado é que hoje tenho tudo que você nunca pôde ter:
casas, apartamentos, carros, dinheiro.
Por que nada disso é seu, se você merecia tanto?
Você me carregou no colo muitas vezes,
pegou filas e filas para um atendimento médico,
pediu dinheiro emprestado para me alimentar,
até vendeu sua casa quando tudo estava difícil.
Por quê?
Hoje lhe vejo frágil, com a coluna desgastada pelo tempo,
a pele queimada pelo sol,
seus setenta e tantos anos lhe deixaram indefeso.
Apesar de tudo isso, quando me recebe em sua casa,
está sempre alegre e disposto.
Seja para ir até a padaria
para comprar aquele pãozinho que eu gostava tanto,
ou para fazer outros agrados.
Não entendo.
Apesar de toda sua receptividade, às vezes ainda sou rude,
reclamo da vida, dos negócios feitos ou desfeitos
e mesmo assim você tem toda paciência comigo.
Então, pai, se ainda der tempo,
queria dizer que hoje também sou um pai,
e que tento ser você todos os dias,
tento ser para meus filhos o que você sempre foi para mim.
Já não me importo mais com a idade.
Hoje, mesmo com meus quarenta e poucos anos,
quero que me segure no colo como segura seus netos,
pois quando lhe vejo, sinto que ainda sou criança
e você continua a ser
o meu herói.

Lição de Amor (20 anos cego)


                                       Há muito tempo, um casal de idosos que não tinha filhos, morava em uma casinha humilde de madeira, tinha uma vida muito tranquila, alegre,. Os dois se amavam muito... Viviam muito felizes, até que um dia aconteceu um acidente com a senhora. Ela estava trabalhando em sua casa quando a cozinha começou a pegar fogo e as chamas atingiram todo o seu corpo. O esposo acordou assustado com os gritos e foi a sua procura. Quando a viu coberta pelas chamas, imediatamente tentou ajudá-la. O fogo também atingiu seus braços e, mesmo em chamas, conseguiu apagar o fogo. Quando chegaram os bombeiros já não havia muito da casa, apenas uma parte ficara de pé, mas toda queimada.  
Levaram rapidamente o casal para o hospital mais próximo, onde foram internados em estado grave. Após algum tempo aquele senhor menos atingido pelo fogo saiu da UTI e foi ao encontro de sua amada. Ainda em seu leito, a senhora toda queimada, pensava em não viver mais, pois estava toda deformada, seu rosto estava todo queimado. Chegando ao quarto de sua senhora, ela foi falando:
-Tudo bem com você meu amor?
-Sim, respondeu ele, pena que o fogo atingiu os meus olhos e não posso mais enxergar, mas fique tranquila, amor, que sua beleza está  gravada em meu coração para sempre.
Então triste pelo esposo, a senhora pensou consigo mesma: "Como Deus é bom, vendo tudo o que aconteceu a meu marido, tirou-lhe a  visão para que não presenciasse esta deformação em mim. As chamas queimaram todo o meu rosto
e estou parecendo um monstro. Obrigado Senhor!"
 Passado algum tempo e recuperados, voltaram para uma nova casa, onde ela fazia tudo para o seu querido e amado esposo, e o esposo agradecido por tanto amor, afeto e carinho,  todos os dias dizia-lhe:
 -COMO EU AMO VOCÊ! Você é linda demais. Saiba que você é e será sempre, a mulher da minha vida! E assim viveram mais 20 anos até que a senhora faleceu. No dia de seu enterro, quando todos se despediam da bondosa senhora, veio aquele marido com os olhos cheios de lágrimas, sem seus óculos escuros, que usara pelos últimos 20 anos. Chegou perto do caixão, beijou o rosto de sua amada, e disse em um tom apaixonado:  -"Como você é linda, meu amor, eu te amo muito".  Ouvindo e vendo aquela cena, um amigo que estava ao seu lado, perguntou se o que tinha acontecido era milagre, pois parecia que o velhinho enxergava perfeitamente sua amada. O velhinho, olhando nos olhos do amigo, apenas falou com as lágrimas rolando quentes em sua face:  
-Nunca estive cego, apenas fingia, pois quando vi minha amada esposa toda queimada e deformada,  sabia que seria duro para ela continuar vivendo daquela maneira. Por isso fingi estar cedo. Foram mais vinte anos vivendo muito felizes e apaixonados! Foram os 20 anos mais felizes de minha vida. E emocionou a todos os que ali estavam presentes.
 CONCLUSÃO
 Na vida temos de provar que amamos! Muitas vezes de uma forma difícil ... E, para sermos felizes, temos de fechar os olhos para muitas coisas, mas o importante é que se faça única e intensamente com AMOR!

terça-feira, 16 de junho de 2015

Alguém para amar.


O mundo está cheio de queixas.
De pessoas que se dizem solitárias. Que desejariam ser amadas. Que vivem em busca de alguém que as ame, que as compreenda.
O mundo está cheio de carências. Carências afetivas. Carências materiais.
Possivelmente, observando o panorama do mundo onde vivia foi que Madre Teresa de Calcutá, certo dia, escreveu:
Senhor, quando eu tiver fome, dai-me alguém que necessite de comida. Quando tiver sede, dai-me alguém que precise de água. Quando sentir frio, dai-me alguém que necessite de calor.
Quando tiver um aborrecimento, dai-me alguém que necessite de consolo. Quando minha cruz parecer pesada, deixai-me compartilhar a cruz do outro.
Quando me achar pobre, ponde a meu lado alguém necessitado. Quando não tiver tempo, dai-me alguém que precise de alguns dos meus minutos. Quando sofrer humilhação, dai-me ocasião para elogiar alguém.
Quando estiver desanimada, dai-me alguém para lhe dar novo ânimo.
Quando sentir necessidade da compreensão dos outros, dai-me alguém que necessite da minha. Quando sentir necessidade de que cuidem de mim, dai-me alguém que eu tenha de atender.
Quando pensar em mim mesma, voltai minha atenção para outra pessoa.
Tornai-nos dignos, Senhor, de servir nossos irmãos que vivem e morrem pobres e com fome no mundo de hoje.
Dai-lhes, através de nossas mãos, o pão de cada dia, e dai-lhes, graças ao nosso amor compassivo, a paz e a alegria.
Madre Teresa verdadeiramente conjugou o verbo amar na prática diária. Sua preocupação era em primeiro lugar com os outros.
Todos representavam para ela o próprio Cristo. Em cada corpo enfermo, desnutrido e abandonado, ela via Jesus crucificado em um novo madeiro.
Amou de tal forma que estendeu a sua obra pelo mundo inteiro, abraçando homens de todas as nações e credos religiosos.Honrada com o Prêmio Nobel da Paz, prosseguiu humilde, servindo aos seus irmãos da romagem terrestre. Tudo o que lhe importava eram os seus pobres. E os seus pobres eram os pobres do mundo inteiro.
Amou sem fronteiras e sem limites. Serviu a Jesus em plenitude. E nunca se ouviu de seus lábios uma queixa de solidão, amargura, cansaço ou desânimo.
Sua vida foi sempre um cântico de fidelidade a Deus, por meio dos compromissos com as lições deixadas por Jesus.
O Cristo precisa de almas dispostas e decididas que não meçam obstáculos para servi-lO. Almas que se lancem ao trabalho, por mais exaustivo que seja, porém sempre reconfortante e luminoso, desde que possa ser útil de verdade.
Almas que não esperem nada do beneficiado, por suas mãos socorrido, a não ser a sua felicidade, sob as luzes do amigo Jesus.
Almas cujo único desejo seja o de amar intensamente, sem aguardar um único gesto de gratidão.
Almas que tenham entendido o que desejou dizer Francisco de Assis: É melhor amar do que ser amado.

Promessas de amor.



                  Pessoas gostam de fazer promessas...
Mas os apaixonados são mestres em prometer, embora nem sempre consigam cumprir as coisas prometidas.
E eu até gostaria de lhe prometer a felicidade eterna mas, porque sei que não poderei cumprir, desejo conquistar, dia a dia, ao seu lado, uma felicidade possível...
Eu poderia lhe prometer o mundo, mas isso não é algo que se pode alcançar, por isso desejo oferecer-me para construir com você um mundo diferente, um mundo melhor, um mundo onde a paz não seja uma ilusão.
Eu poderia lhe prometer a lua, mas esse magnífico satélite não está à venda. Assim, desejo exercer suave magnetismo, atraindo você aos meus braços sempre que deles necessitar...
Eu poderia lhe prometer as estrelas, mas isso seria utopia. Entretanto, quero e posso ser um tênue raio de luz, sempre que a escuridão aparecer em seu caminho.
Eu poderia prometer atapetar estradas com pétalas de flores para suavizar sua caminhada. Mas na impossibilidade de cumprir, desejo lhe ofertar flores de ternura, sempre que seus pés estiverem cansados...
Eu poderia fazer a promessa de lhe dar o mais luxuoso castelo do mundo, mas certamente não cumpriria...
Assim, almejo tecer, com os fios invisíveis do amor, um ninho de fraternidade e paz, consolidado no lar.
Eu poderia lhe prometer amor exclusivo, mas isso eu não posso, pois outras pessoas já conquistaram meu coração.
Quando nasci, os braços de meus pais foram meu primeiro berço; quando precisei de amigos, os encontrei; quando descobri os laços de ternura de meus avós e outros familiares, a eles dediquei amor.
Eu poderia prometer declamar as poesias mais belas do mundo para você, mas não tenho esse dom.
Assim, desejo apenas procurar as palavras certas para lhe dizer, nos momentos precisos, e edificar com elas a ponte do diálogo, que nos fará próximos em todas as situações.
Eu poderia lhe prometer belos presentes a cada aniversário seu, a cada data importante para nós dois, mas temo um dia não lograr êxito.
Por essa razão, desejo lhe ofertar as flores de amizade e afeição todos os dias, porque todos os dias serão importantes para nós.
E, se por acaso um dia eu não fizer isso, socorra-me depressa, pois estarei precisando muito de sua ajuda.
Eu poderia lhe prometer uma família feliz, com filhos saudáveis e inteligentes, mas isso não depende de mim.
No entanto, se Deus nos confiar Seus filhos, para alegrar nossa união, desejo dar o melhor de mim em favor desses viajantes do infinito, sejam eles inteligentes ou não, saudáveis ou não, carinhosos ou não...
Eu poderia prometer a você jamais cometer equívocos, mas não posso assegurar isto, sob pena de me trair nos minutos seguintes.
Todavia, desejo envidar esforços constantes pela auto superação. E, se vier a falir, rogarei que perdoe minha fraqueza.
Enfim, eu poderia lhe fazer mil promessas, como tantos apaixonados...
Poderia lhe dizer muitas palavras sem sentido ou vazias...
Mas, se não prometo lhe dar tudo o que desejaria, eu posso lhe ofertar o meu amor sincero.
Espero que você também não me prometa nada, apenas desejo que aceite meu coração, como prova das minhas mais elevadas intenções.
E, quando um dia, o crepúsculo da existência se aproximar e nos encontrar lado a lado, aí, então, poderei assegurar que superamos juntos uma árdua batalha, e que as promessas que não fiz se realizaram...

quinta-feira, 28 de maio de 2015

A sabedoria do desapego.

 

“Tudo passa e o Bem permanece.” (
Bezerra de Menezes.)

Pode parecer utopia falar em desapego em uma época em que uma das frases mais pronunciadas é: “E o que eu ganho com isso?” e a troca de interesses impera nos relacionamentos sociais e profissionais, resultando numa sociedade calculista, egoísta e inescrupulosa.
As consequências destas atitudes são as desigualdades sociais, a corrupção como regra comum e o individualismo predominante.
O Bhagavad Gita ¹, a “sublime canção da Índia”, há 7.000 anos já tratava do necessário exercício do desapego, trazendo uma proposta de vida que merece reflexão. Expõe a obra que “a autorrealização consiste em trabalhar intensamente e renunciar a cada momento ao fruto do trabalho”. Convida-nos a agir no bem não mais dependendo dos frutos dessa ação, com desinteresse de lucro pessoal, desapegando-se dos desejos egoísticos.
Em O Livro dos Espíritos ² vamos encontrar a informação que o sinal mais característico de imperfeição é o interesse pessoal, sendo sinal notório de inferioridade o apego às coisas materiais. Quando o nosso ego domina nossas ações temos atitudes egoísticas de somente satisfazer nossos desejos e vontades, sem medir as consequências por essa escolha.
Sábio é aquele que renuncia pela força da verdade a si mesmo, libertando-se do egoísmo – caminho seguro para a felicidade plena. Os Espíritos Superiores ³ nos orientam a agir no bem sem segunda intenção, a sacrificar o interesse pessoal pelo bem do próximo, exercitando a mais meritória das virtudes: a verdadeira e desinteressada caridade.
Desapegar-se é preservar a alma livre das coisas exteriores, libertando-se das paixões e do ódio (e dos impulsos que o geram). O meio mais eficaz de combater o predomínio da natureza corpórea é praticar a abnegação e o desprendimento de si mesmo. 4
Quando se propõe o desapego, não significa abandonar o “mundo”, mas entender a existência terrena como transitória e impermanente; o que é imortal e verdadeiro é o Espírito. Desconhecendo ou abdicando desta verdade muitos comprometem a saúde, a família, os amigos e a própria felicidade em busca das conquistas temporárias. Esquecer ou deixar para mais tarde a evolução espiritual, a aquisição das riquezas “que as traças não corroem” em troca dos prazeres e dos tesouros materiais, é marca inegável de apego e imperfeição.
A vida é feita em ciclos. É preciso saber quando uma etapa chega ao final e permitir que ela se encerre. O fim de um emprego, de um relacionamento, um filho que parte para longe, um amigo que desencarna... A felicidade consiste em desapegar-se das coisas, pessoas, situações e sentimentos e permitir que uma nova etapa se inicie em nossa vida, assegurando-nos de não ficarmos magoados e nem deixarmos mágoas nos outros. Isso não significa amar menos ou descuidar, mas, ao contrário, enquanto o amor liberta e cuida, o apego aprisiona e sufoca.
Allan Kardec 5 afirma: ”o egoísmo é a fonte de todos os vícios, como a caridade é a fonte de todas as virtudes. Destruir um e desenvolver a outra, tal deve ser o alvo de todos os esforços do homem, caso queira assegurar a sua felicidade tanto neste mundo quanto no futuro”.
Desapegar-se é deixar de ser egoísta é estar cada vez mais próximo de si mesmo, de Deus, e muito  - mas muito mais -  próximo da felicidade. 
 

terça-feira, 26 de maio de 2015

Considerações sobre a vingança.

 
A vingança é uma espécie de justiça bárbara, de tal maneira que quanto mais a natureza humana se inclinar para ela, tanto mais deve a Lei exterminá-la.
Porque a primeira injúria não faz mais que ofender a Lei, ao passo que a vingança da injúria põe a Lei fora do seu ofício.
Estas são algumas considerações do filósofo e ensaísta inglês Francis Bacon sobre esse movimento de revide do mal, que ainda tem tanto poder em nós.
Ele acrescenta: De certo, ao exercer a vingança, o homem iguala-se ao inimigo; mas, passando sobre ela, é-lhe superior; Porque é próprio do príncipe perdoar.
O que passou, passou, e é irrevogável; Os homens prudentes já têm bastante que fazer com as coisas presentes e vindouras; não devem, portanto, preocupar-se com bagatelas como o trabalhar em coisas pretéritas.
Por que hei-te ficar ressentido com alguém, apenas pela razão de que ele mais ama a si próprio do que a mim? E se alguém me fez mal, apenas por pura maldade, então, esse é unicamente como a roseira e o cardo que picam e arranham apenas porque não podem de outra forma proceder.
Destas sábias colocações, que refletem igualmente o pensamento cristão, retiramos reflexões muito importantes:
Você sabia que quando se vinga, torna-se igual, ou mais baixo que seu ofensor?
Você sabia que quando não aceita uma ofensa, ou um mal qualquer, este mal permanece com quem o criou e não o atinge?
Você sabia que quando gasta seu tempo, suas energias, planejando e cultivando sentimentos de vingança, deixa de produzir o bem?
Por isso, é tempo de tomarmos o controle de nossas emoções, de domarmos nossos sentimentos inferiores, percebendo que só temos a ganhar se deixarmos de odiar.
Este é o início do perdão.
Talvez você ainda não esteja preparado para perdoar certas coisas que lhe aconteceram, por serem recentes ou mesmo muito traumáticas. Não se preocupe.
O perdão é um processo. Um passo de cada vez. E o primeiro passo trata da autopreservação, isto é, de cuidar da sua saúde, física e mental, pois quem guarda mágoa está se envenenando, diariamente, sem saber.
Assim, o primeiro passo é: deixe de odiar.
Conforme tão bem disse o pensador citado:
Por que hei-te ficar ressentido com alguém, apenas pela razão de que ele mais ama a si próprio do que a mim? E se alguém me fez mal, apenas por pura maldade, então, esse é unicamente como a roseira e o cardo que picam e arranham apenas porque não podem de outra forma proceder.
Sim, há pessoas num estado de desequilíbrio tão avançado, enfermos da alma, que só conseguem agir dessa forma, infelizmente.
Ainda irão despertar, ainda terão que se corrigir e arcar com suas responsabilidades, mas, não será o ódio, nem a vingança, que irão conseguir esse intento.
Por isso, siga adiante... Você é maior do que tudo isso. Você não merece viver encarcerado no ódio. Pense em sua saúde, pense em sua família, nos que o amam verdadeiramente. Esses lhe querem ver bem, e não adoecido.
É preciso ser maior do que a vingança, do contrário ela nos consumirá aos poucos

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Oração da prosperidade






"Ó Deus criador deste imenso universo, estou aqui para te invocar em favor da minha vida financeira. Que do alto da minha cabeça até a planta dos meus pés, que eu seja envolvido por uma corrente de riqueza. Derrame sobre mim o dom da riqueza para que eu veja a tua glória e proclame a tua existência por onde eu passar. E que o anjo do dinheiro me visite e coloque em minhas mãos o espírito da sorte para que tudo que eu tocar venha prosperar e até o que era para dar errado passe a dar certo! Tu és o dono do ouro e da prata, então venha dos quatro cantos do mundo para me fazer um abençoado e de muitas posses. Manifeste em mim a tua grandeza e me faça ganhar, conquistar e enriquecer, porque tu és um Deus que soma, multiplica e acrescenta. Pelo poder do nome de Jesus Cristo eu levanto a minha voz e profetizo que a partir deste instante o dinheiro virá em todas as direções e em avalanches de abundâncias. A partir de agora, o meu destino está selado porque sou filho do Deus que criou todas as riquezas do mundo e vou me tornar muito rico. Então, me torne o novo ganhador de todos os prêmios do universo que tenho merecimento pelo teu poder pois sei que o Senhor pode interferir em minha vida. É o que eu te peço e determino que irá acontecer, em nome de Jesus Cristo. Amém."

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Ajuda dos céus.


Quantas vezes você já olhou um casal, passeando de mãos dadas ou abraçado e se perguntou como eles podem se amar, sendo tão diferentes?
Quantas vezes já pensou em como aquela moça tão elegante pode amar aquele homem com ar tão desengonçado?
Ou como aquele homem tão bonito, parecendo um deus da beleza pode amar aquela mulher tão destituída de atrativos?
Toda vez que essas idéias nos atravessam a mente, é que estamos julgando o amor pelo exterior.
Mas, já dizia o escritor de O pequeno príncipe: "O essencial é invisível para os olhos."
A propósito, conta-se que o avô do conhecido compositor alemão Mendelssohn, estava muito longe de ser bonito.
Moses era baixo e tinha uma corcunda grotesca.
Um dia, visitando um comerciante na cidade de Hamburgo, conheceu a sua linda filha. E logo se apaixonou perdidamente por ela.
Entretanto, a moça, ao vê-lo, logo o repeliu. Aquela aparência disforme quase a enojou.
Na hora de partir, Moses se encheu de coragem e subiu as escadas. Dirigiu-se ao quarto da moça para lhe falar.
Desejava ter sua última oportunidade de falar com ela.
A jovem era uma visão de beleza e Moses ficou entristecido porque ela se recusava até mesmo a olhar para ele.
Timidamente, ele lhe dirigiu uma pergunta muito especial:
"Você acredita em casamentos arranjados no céu?"
Com os olhos pregados no chão, ela respondeu: "Acredito!"
"Também acredito." - afirmou Moses - "Sabe, acredito que no céu, quando um menino vai se preparar para nascer, Deus lhe anuncia a menina com quem vai se casar.
Pois quando eu me preparava para nascer, Deus me mostrou minha futura noiva.
Ela era muito bonita e o bom Deus me disse: ‘Sua mulher será bela, contudo terá uma corcova.'
Imediatamente, eu supliquei: ‘Senhor, uma mulher com uma corcova será uma tragédia. Por favor, permita que eu seja encurvado e que ela seja perfeita.'"
Nesse momento, a jovem, emocionada, olhou diretamente nos olhos de Moses Mendelssohn.
Aquela era a mais extraordinária declaração de amor que ela jamais imaginara receber.
Lentamente, estendeu a mão para ele e o acolheu no fundo de seu coração.
Casou-se com ele e foi uma esposa devotada.
O amor verdadeiro tem lentes especiais para ver o outro. Vê, além da aparência física, a essência. E assim, ama o que é real.
A aparência física pode se modificar a qualquer tempo. A beleza exterior pode vir a sofrer muitos acidentes e se modificar, repentinamente.
Quem valoriza o interior do outro é como um hábil especialista em diamantes que olha a pedra bruta e consegue descobrir o brilho da preciosidade.
É como o artista que acaricia o mármore, percebendo a imagem da beleza que ele encerra em sua intimidade.
Este amor atravessa os portões desta vida e se eterniza no tempo, tendo capacidade de acompanhar o outro em muitas experiências reencarnatórias.
Este é o verdadeiro amor.

* * *
No amor, o homem sublima os sentimentos e marcha no rumo da felicidade.
Na perfeita identificação das almas, o amor produz a bênção da felicidade em regime de paz.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Segredo do casco da tartaruga


         
           Logo que aprendeu a ler o menino começou a fazer descobertas.
Um dia, estava folhando um livro e deparou com a palavra réptil.
Procurou no dicionário e surpreendeu-se com o significado: animal que se arrasta.
Pensava, até então, que réptil tinha a ver com rapidez e era justamente o contrário.
Seu pai riu do seu espanto e disse que as tartarugas também eram répteis.
Falou, ainda, com ares de mistério, que havia uma lenda chinesa narrando que Deus havia escrito o segredo da vida no casco de uma tartaruga.
De olhos arregalados o menino imaginava como poderia ter Deus usado o casco da tartaruga como se fosse uma folha de papel.
O pai, encantado com o interesse do filho, salientou que aprender a ler nos livros era apenas o começo da longa jornada do conhecimento.
Disse que, com o passar do tempo, o filho conseguiria ler no rosto de uma pessoa a história de sua vida.
Que bastaria observar os olhos de um amigo para ver se neles brilhava, ou não, felicidade.
Que, um dia, ao tocar nas mãos de um homem do campo, seria capaz de conhecer seus sofrimentos.
O menino não se ateve às novas argumentações do pai. Ele era curioso. Queria mesmo era saber qual seria o segredo da vida.
Por isso, começou a interessar-se pela vida das tartarugas. Pesquisou, leu e aprendeu muito.
Passou a reconhecer as espécies e suas principais características. Sabia onde era possível encontrá-las e que ameaças a maior parte delas sofria.
Quanto mais estudava, mais o menino se convencia de que realmente poderia descobrir a escrita de Deus naquelas criaturas.
Elas tinham carapaças misteriosas, com desenhos estranhíssimos, círculos coloridos, arestas longitudinais.
Algumas até pareciam mais uma pintura. O menino foi crescendo e tornou-se um especialista em tartarugas.
Sabia distinguir uma adolescente de uma adulta e conhecia muito a respeito da desova das espécies marinhas no litoral. Com o passar do tempo, porém, ele descobriu uma coisa muito importante.
Deu-se conta de que, assim como ele procurava o segredo da vida no casco das tartarugas, havia outras pessoas que buscavam a mesma coisa em lugares diferentes.
No pulsar das estrelas.
No canto dos pássaros.
No silêncio dos olhares.
No cheiro dos ventos.
Tudo que o cercava, afinal, podia ser lido.
Lembrou-se das palavras de seu pai. Somente agora as compreendia.
Somente o tempo, como um professor que conduz o aluno pela mão, foi capaz de fazê-lo entender essa lição.
Longos anos separavam o ensinamento da compreensão.Como todas as pessoas, em geral, ele fazia suas descobertas de forma lenta.
Muito lentamente, como as tartarugas. Talvez estivesse aí o segredo.
*   *   *
Se você busca o segredo da vida, não se iluda com receitas e roteiros milagrosos.
Compreender a Divindade e Seus atributos, por vezes, parece estar além da capacidade humana.
Porém, não esqueça que Deus está em toda a parte, animando toda a Sua maravilhosa obra. Está, inclusive, em sua intimidade.
Pense nisso.

O palácio maravilhoso.


Conta-se que certa vez, um rei do Iêmen, chamado Hiamir, chamou um dos seus ministros e disse-lhe: “quero fazer longa viagem à
 Tiapur, uma região longínqua, pobre e triste, árida e sem conforto.
Determino que vá antes de mim, e logo que lá chegar, mande que seja construído um magnífico palácio, com largas varandas de marfins e pátios floridos.
Nesse palácio ficarei hospedado durante uma temporada, com tranqüilidade e conforto.”
O Vizir respondeu humildemente: “escuto e obedeço, ó rei.”
Dias depois o Vizir partiu, em uma caravana com numerosos camelos carregados de ouro.
Ao chegar à cidade o Vizir ficou desolado com o estado de abandono em que se achava o povo.
Encontrou pelas estradas crianças famintas e centenas de infelizes, morrendo de inanição.
Os quadros de miséria e sofrimento que se desenrolavam, a cada passo e a todo instante, torturavam o coração do poderoso ministro.
Ele trouxera mais de trinta mil dinares, que deveriam ser gastos na construção de um grandioso palácio!
Que fez o Vizir?
Levado por um impulso irresistível, em vez de executar a ordem do rei, resolveu gastar o dinheiro que trazia, beneficiando a infeliz população.
Mandou construir abrigos para os desamparados.
Distribuiu mantimentos entre os mais necessitados.
Determinou que todos os enfermos fossem, sem demora, medicados e forneceu pão aos que padeciam fome.
Ao fim de alguns meses, notava-se uma transformação completa da cidade.
Os homens haviam voltado ao trabalho e por toda a parte reinava a alegria.
As crianças brincavam nos pátios e as mulheres cantavam nas portas das tendas.
E do palácio maravilhoso, encomendado pelo rei, nada existia...
Quando o rei Hiamir chegou a Tiapur foi recebido por uma grande manifestação de júbilo da população.
“Sinto-me feliz” – confessou o monarca – “por saber que sou sinceramente estimado pelos meus súditos.
Mas onde está o palácio de Tiapur?” Perguntou.
“Antes de falar do palácio, ó rei, tenho um pedido a lhe fazer.” Disse-lhe o Vizir.
“Segundo as leis, aquele que o desobedecer, praticando um abuso de confiança, deve ser condenado à morte.
Pois, houve, ó rei, um homem de sua confiança que praticou tal delito.
Espera-se que seja determinada a execução do culpado sem demora.” Disse o Vizir serenamente.
“Quem é o acusado?” Questionou o rei.
“O criminoso sou eu.” Disse o Vizir sem hesitar.
E sem ocultar a menor parcela da verdade, o Vizir descreveu a miséria em que se encontrava o povo.
Por fim, confessou que, penalizado diante de tanto sofrimento, em vez de construir o palácio real, resolveu gastar os recursos que lhe foram confiados para mudar a triste sorte da população.
“Não cumpri a ordem recebida, por isso aguardo o castigo de que me fiz merecedor.” Concluiu.
“Levante-se, meu amigo.” Ordenou emocionado o rei. “Vejo que seu trabalho é responsável pela edificação do mais belo dos palácios que já conheci. Vejo as torres cintilantes nas fisionomias alegres das crianças; admiro as largas varandas de marfim no sorriso radiante dos meus súditos; reconheço os pátios floridos no olhar de gratidão das mães felizes. Como é majestoso e belo, ó Vizir, o palácio que a sua bondade fez se erguer nas terras de Tiapur.”
Pense nisso!
Cada um é responsável pela destinação que der à riqueza que lhe for confiada, seja ela representada por recursos materiais ou por aptidões profissionais.
Cada qual, pelo uso de seus próprios talentos, é capaz de alterar o mundo, distribuindo alegrias ou acumulando dores.
Pense nisso.