terça-feira, 16 de junho de 2015

Alguém para amar.


O mundo está cheio de queixas.
De pessoas que se dizem solitárias. Que desejariam ser amadas. Que vivem em busca de alguém que as ame, que as compreenda.
O mundo está cheio de carências. Carências afetivas. Carências materiais.
Possivelmente, observando o panorama do mundo onde vivia foi que Madre Teresa de Calcutá, certo dia, escreveu:
Senhor, quando eu tiver fome, dai-me alguém que necessite de comida. Quando tiver sede, dai-me alguém que precise de água. Quando sentir frio, dai-me alguém que necessite de calor.
Quando tiver um aborrecimento, dai-me alguém que necessite de consolo. Quando minha cruz parecer pesada, deixai-me compartilhar a cruz do outro.
Quando me achar pobre, ponde a meu lado alguém necessitado. Quando não tiver tempo, dai-me alguém que precise de alguns dos meus minutos. Quando sofrer humilhação, dai-me ocasião para elogiar alguém.
Quando estiver desanimada, dai-me alguém para lhe dar novo ânimo.
Quando sentir necessidade da compreensão dos outros, dai-me alguém que necessite da minha. Quando sentir necessidade de que cuidem de mim, dai-me alguém que eu tenha de atender.
Quando pensar em mim mesma, voltai minha atenção para outra pessoa.
Tornai-nos dignos, Senhor, de servir nossos irmãos que vivem e morrem pobres e com fome no mundo de hoje.
Dai-lhes, através de nossas mãos, o pão de cada dia, e dai-lhes, graças ao nosso amor compassivo, a paz e a alegria.
Madre Teresa verdadeiramente conjugou o verbo amar na prática diária. Sua preocupação era em primeiro lugar com os outros.
Todos representavam para ela o próprio Cristo. Em cada corpo enfermo, desnutrido e abandonado, ela via Jesus crucificado em um novo madeiro.
Amou de tal forma que estendeu a sua obra pelo mundo inteiro, abraçando homens de todas as nações e credos religiosos.Honrada com o Prêmio Nobel da Paz, prosseguiu humilde, servindo aos seus irmãos da romagem terrestre. Tudo o que lhe importava eram os seus pobres. E os seus pobres eram os pobres do mundo inteiro.
Amou sem fronteiras e sem limites. Serviu a Jesus em plenitude. E nunca se ouviu de seus lábios uma queixa de solidão, amargura, cansaço ou desânimo.
Sua vida foi sempre um cântico de fidelidade a Deus, por meio dos compromissos com as lições deixadas por Jesus.
O Cristo precisa de almas dispostas e decididas que não meçam obstáculos para servi-lO. Almas que se lancem ao trabalho, por mais exaustivo que seja, porém sempre reconfortante e luminoso, desde que possa ser útil de verdade.
Almas que não esperem nada do beneficiado, por suas mãos socorrido, a não ser a sua felicidade, sob as luzes do amigo Jesus.
Almas cujo único desejo seja o de amar intensamente, sem aguardar um único gesto de gratidão.
Almas que tenham entendido o que desejou dizer Francisco de Assis: É melhor amar do que ser amado.

Promessas de amor.



                  Pessoas gostam de fazer promessas...
Mas os apaixonados são mestres em prometer, embora nem sempre consigam cumprir as coisas prometidas.
E eu até gostaria de lhe prometer a felicidade eterna mas, porque sei que não poderei cumprir, desejo conquistar, dia a dia, ao seu lado, uma felicidade possível...
Eu poderia lhe prometer o mundo, mas isso não é algo que se pode alcançar, por isso desejo oferecer-me para construir com você um mundo diferente, um mundo melhor, um mundo onde a paz não seja uma ilusão.
Eu poderia lhe prometer a lua, mas esse magnífico satélite não está à venda. Assim, desejo exercer suave magnetismo, atraindo você aos meus braços sempre que deles necessitar...
Eu poderia lhe prometer as estrelas, mas isso seria utopia. Entretanto, quero e posso ser um tênue raio de luz, sempre que a escuridão aparecer em seu caminho.
Eu poderia prometer atapetar estradas com pétalas de flores para suavizar sua caminhada. Mas na impossibilidade de cumprir, desejo lhe ofertar flores de ternura, sempre que seus pés estiverem cansados...
Eu poderia fazer a promessa de lhe dar o mais luxuoso castelo do mundo, mas certamente não cumpriria...
Assim, almejo tecer, com os fios invisíveis do amor, um ninho de fraternidade e paz, consolidado no lar.
Eu poderia lhe prometer amor exclusivo, mas isso eu não posso, pois outras pessoas já conquistaram meu coração.
Quando nasci, os braços de meus pais foram meu primeiro berço; quando precisei de amigos, os encontrei; quando descobri os laços de ternura de meus avós e outros familiares, a eles dediquei amor.
Eu poderia prometer declamar as poesias mais belas do mundo para você, mas não tenho esse dom.
Assim, desejo apenas procurar as palavras certas para lhe dizer, nos momentos precisos, e edificar com elas a ponte do diálogo, que nos fará próximos em todas as situações.
Eu poderia lhe prometer belos presentes a cada aniversário seu, a cada data importante para nós dois, mas temo um dia não lograr êxito.
Por essa razão, desejo lhe ofertar as flores de amizade e afeição todos os dias, porque todos os dias serão importantes para nós.
E, se por acaso um dia eu não fizer isso, socorra-me depressa, pois estarei precisando muito de sua ajuda.
Eu poderia lhe prometer uma família feliz, com filhos saudáveis e inteligentes, mas isso não depende de mim.
No entanto, se Deus nos confiar Seus filhos, para alegrar nossa união, desejo dar o melhor de mim em favor desses viajantes do infinito, sejam eles inteligentes ou não, saudáveis ou não, carinhosos ou não...
Eu poderia prometer a você jamais cometer equívocos, mas não posso assegurar isto, sob pena de me trair nos minutos seguintes.
Todavia, desejo envidar esforços constantes pela auto superação. E, se vier a falir, rogarei que perdoe minha fraqueza.
Enfim, eu poderia lhe fazer mil promessas, como tantos apaixonados...
Poderia lhe dizer muitas palavras sem sentido ou vazias...
Mas, se não prometo lhe dar tudo o que desejaria, eu posso lhe ofertar o meu amor sincero.
Espero que você também não me prometa nada, apenas desejo que aceite meu coração, como prova das minhas mais elevadas intenções.
E, quando um dia, o crepúsculo da existência se aproximar e nos encontrar lado a lado, aí, então, poderei assegurar que superamos juntos uma árdua batalha, e que as promessas que não fiz se realizaram...