quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O vidro e o espelho.




Certa vez um jovem muito rico foi procurar um rabi para lhe pedir um conselho porque toda sua fortuna não era capaz de lhe proporcionar a felicidade tão sonhada. Falou da sua vida ao rabi e pediu a sua ajuda.
O sábio o conduziu até uma janela e pediu para que olhasse para fora com atenção e perguntou:
- O que você vê através do vidro, meu rapaz?
- Vejo homens que vêm e vão, e um cego pedindo esmolas na rua, respondeu o moço.
Então o homem lhe mostrou um grande espelho e novamente o interrogou:
- O que você vê neste espelho?
- Vejo a mim mesmo, disse o jovem prontamente.
E o sábio continuou com suas lições preciosas:
- E já não vê os outros, não é verdade? observe que a janela e o espelho são feitos da mesma matéria prima: o vidro. Mas no espelho há uma camada fina de prata colada ao vidro e, por essa razão, você não vê mais do que sua própria pessoa.
Fez uma pausa e continuou:
- Se você se comparar a essas duas espécies de vidro, poderá retirar uma grande lição. Quando a prata do egoísmo recobre a nossa visão, só temos olhos para nós mesmos e não temos chance de conquistar a felicidade efetiva. Mas quando olhamos através dos vidros limpos da compaixão, encontramos razão para viver e a felicidade se aproxima.
Por fim, o sábio lhe deu um simples conselho:
Se quiser ser verdadeiramente feliz, arranque o revestimento de prata que lhe cobre os olhos para poder enxergar e amar os outros. Eis a chave para a solução dos seus problemas.
Se você também não está feliz com as respostas que a vida tem lhe oferecido, talvez fosse interessante tentar de outra forma. Muitas vezes, ficamos olhando somente para a nossa própria imagem e nos esquecemos de que é preciso retirar a camada de prata que nos impede de ver a necessidade à nossa volta.
Quando saímos da concha de egoísmo, percebemos que há muitas pessoas em situação bem mais difícil que a nossa e que dariam tudo para estar em nosso lugar.
E quando estendemos a mão para socorrer o próximo, uma paz incomparável nos invade E a caridade tem muitas maneiras de se apresentar:
Pode ser um sorriso gentil...
Uma palavra que anima e consola...
Um abraço de ternura...
Um aperto de mão...
Um pedaço de pão...
Um minuto de atenção...
Um gesto de carinho...
Uma frase de esperança...
E quem de nós pode dizer que não necessita ou nunca necessitará dessas pequenas coisas não é verdade? portanto vamos aproveitar e doar um pouco do muito que temos: Amor, Alegria, Paz e e os nossos bons sentimentosa
alma. É como se Deus nos envolvesse em bênçãos de agradecimento pelo ato de compaixão para com seus filhos em dificuldades, afinal, quem acende a luz da caridade, é sempre o primeiro a beneficiar-se dela.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

O colibri.




Carlos era um garoto estudioso. Seu problema era a falta de paciência.
Se ele estivesse fazendo a lição de casa e algo saísse errado, logo se irritava. Jogava longe o caderno, a régua, o lápis e desistia do trabalho.
A atitude preocupava seus pais. Os conselhos eram reprisados todos os dias. Sem nenhum efeito.
Uma manhã, ao abrir a janela do seu quarto, Carlos viu um beija-flor sobrevoando o jardim.
Debruçou-se na janela e ficou observando. O lindo pássaro, de penas verdes e azuis, batia rapidamente as asas, parava diante de uma flor.
Depois descia até o chão, pegava um raminho e subia até o galho de um pinheiro.
Tornava a descer e subir, sempre carregando um raminho no bico.
A cena deixou Carlos extasiado. Chamou o pai, a mãe, o irmão. Todos ficaram longo tempo olhando o trabalho contínuo do beija-flor que logo teve ajuda da sua companheira.
O encantamento era geral.
Naquela noite, houve uma violenta tempestade. Ventos fortes. Chuva.
Pela manhã, o ninho estava no chão. Carlos ficou olhando triste. Tanto trabalho por nada.
Logo o sol saiu. Os ramos começaram a secar. A natureza tornou a sorrir maravilhas.
O casal de beija-flores se apresentou no jardim e recomeçou a tarefa. Raminho após raminho foi sendo levado. A construção do novo ninho demorou alguns dias. Tinha a forma de uma concha bem funda.
A fêmea se acomodou e botou dois ovinhos.
Carlos passou a visitar o ninho. Se a fêmea se afastava, ele ia dar uma espiadela.
Numa bela tarde, que surpresa! Os filhotinhos haviam nascido. Já estavam com os biquinhos abertos, esperando que a mamãe beija-flor colocasse o alimento.
Nessa hora, o pai de Carlos aproveitou para falar:
Você já imaginou, meu filho, se no dia daquela tempestade, quando o ninho caiu, os beija-flores tivessem desistido?
O exemplo deles é de persistência e paciência. Procure reforçar essas qualidades dentro de você.
Se você desistir, na primeira dificuldade, perderá a chance de realizar coisas maravilhosas. Pense nisso.
*   *   *
Existem muitos animais que dão ao homem excelentes lições. Assim é a abelha com sua disciplina, a aranha com sua perseverança, a pomba com sua mensagem de paz, os pelicanos com seu exemplo de fidelidade.
As aves estão presentes na literatura desde épocas remotas. Elas figuram na Bíblia, nas obras de autores clássicos da Grécia e de Roma, em fábulas e histórias famosas.

Os benefícios da atenção.



Narra um psicólogo que um casal trouxe o filho ao seu consultório. Garoto de quatorze anos, cabeludo, foi descrito pelos pais como um terrível problema. Ele já havia fugido de casa inúmeras vezes, só retornando ao lar por interferência policial.
O relacionamento entre pais e filho era muito ruim. A mãe chorosa disse ao psicólogo que não sabia mais o que fazer. Tudo que ela e o marido podiam, davam ao filho. Ele não tinha do que reclamar. Roupas, carro, dinheiro, viagens. E o comportamento não melhorava.
O terapeuta iniciou uma série de sessões com o adolescente. Depois de algum tempo, conquistou a sua confiança e o jovem contou o seu drama emocional:
Meus pais não ligam para mim. Dão coisas para mim, até o que nem quero. Mas, nunca fazemos alguma coisa juntos. Quando tento falar com meu pai, ele nem me olha. Muito menos me escuta. Já vai perguntando se eu quero mais dinheiro. Minha mãe vive a me criticar o cabelo, o brinco na orelha, mas nunca me ouve.
Estava descoberto o problema. A causa da rebeldia do garoto chamava-se rejeição. Os pais lhe davam coisas materiais mas não se doavam a ele, em momento algum.
Psiquiatras, psicólogos, educadores e religiosos já se posicionaram, oportunamente, dizendo que a melhor atitude pessoal para ajudar alguém em dificuldade, e em especial a juventude, é o domínio da arte de prestar atenção. O que quer dizer, se interessar pela pessoa.
Ouvir como quem deseja mesmo se inteirar do problema. Observar atitudes que estejam a dizer: olhem para mim.
Isso porque toda criatura humana sente necessidade de ser ouvida. A ausência dessa atenção causa muitos problemas psicológicos a crianças, jovens e adultos.
Em verdade, a criança manhosa que fica puxando a saia da mãe ou o braço do pai, o adolescente revoltado, o desordeiro, até um determinado ponto estão gritando: eu quero a atenção de vocês.
E quem de nós não pode ceder alguns minutos para ouvir? Quando Anne Sullivan encontrou a menina Helen Keller, cega, surda e muda, ela parecia em seus seis anos de idade um animal selvagem. Fechada em seu mundo, sem conseguir ser entendida, quando não faziam aquilo que ela queria, dava beliscões, pontapés, mordidas.
Anne Sullivan realizou o milagre dando-lhe atenção. Atenção apoiada em afeição, motivada pelo interesse.
Anos mais tarde, Helen Keller escrevia em suas memórias: “senti passos que se aproximavam. Estirei a mão, e alguém a pegou, fui levantada e segura pelos braços daquela que, vindo para me revelar todas as coisas, viera, acima de tudo, para me querer bem.
Registrem na memória essa relíquia de pensamento: a moeda de ouro da atenção – aprendam a dá-la graciosa e alegremente, que os dividendos hão de voltar, derramando-se em vocês.”
 *** 
Todos os seres humanos têm necessidade de segurança na jornada carnal, cheia de percalços.
Os pais, os educadores, os adultos em geral são modelos para a criança, que os amará, copiando suas atitudes ou os detestará, também incorporando inconscientemente sua maneira de ser.
O carinho na infância, o amor e a ternura, ao lado do respeito à criança são fundamentais para uma vida saudável.
Não esqueçamos que os seres humanos que compõem a nossa sociedade, com seus diversos comportamentos, são a resultante da educação na família e do seu nível de consciência individual.

sábado, 24 de agosto de 2013

Nota de falecimento.


Faleceu hoje a pessoa que atrapalhava sua vida...

Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito:
"Faleceu hoje a pessoa que atrapalhava sua vida na sua Escola. Você está convidado para o velório na quadra de esportes" central .
No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na escola. A agitação na quadra de esportes foi tão grande, que foi preciso chamar o segurança para organizar a fila do velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:
- Quem será que estava atrapalhando o meu progresso ?
- Ainda bem que esse infeliz morreu !
Um a um, os professores, os funcionários, os alunos, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficaram no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles.
A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"?
No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo... Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo. "SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO SUA ESCOLA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA) NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA... QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA."
O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença. A vida muda, quando "você muda"

sábado, 3 de agosto de 2013

Salvação.



Salvação nos leva a lembrar bem-aventurança, estado reservado aos espíritos
altamente iluminados, que já estão livres do carma, que já estão limpos de todos os sentimentos
inferiores que os prendem nos planos grosseiros da carne.
Há muitos religiosos que condicionaram essa palavra ? Salvação ? como
se fosse um passe de mágica, como força preponderante para a felicidade pessoal. Esquecem-
se de que, para se salvarem, dependem de variadas atitudes e um esticado aprimoramento
espiritual, conferido pelo tempo, além de desmedidos esforços em todos os rumos da
iluminação.
É de se notar que todo trabalho que fizermos para a nossa melhoria moral
é muito útil. No entanto, essa realização não se faz de um dia para outro; demanda prolongados
exercícios na área interna, e quase sempre não acreditamos na sua eficácia. iludimo nos
mais com o campo exterior, cheio de ilusões e de nuances convidativas para a vaidade e
o orgulho.
Ninguém se salva por ser tocado pelo arrependimento, pois ele é apenas
uma das portas que se abrem na limpeza gradativa das nossas sujeiras morais. Enganar a nós
mesmos é disfarçar exteriormente. Porém, por dentro, continuamos o mesmo espírito dotado
das mesmas intenções que antes alimentávamos. A iniciação por dentro é a mais difícil operação
da criatura; a externa sacode e torna visível todas as nossas inferioridades, qual o cair
das moedas dos ricos cofres de oferta de um templo.
Queremos mostrar, a todo o custo, a todas as pessoas, quando iniciamos,
por fora. E quando começamos a cirurgia moral em nós mesmos, fazemos-lo em silêncio,
acumulando forças para o grande trabalho de fecundação. A salvação, no termo em que devemos
compreendê-la, é a conquista da alma, e não doação de onde quer que venha. É bênção
de Deus nas linhas do tempo, é maturidade do espírito.
Também nós, que te falamos através do contributo mediúnico de um sensitivo,
temos inúmeras arestas a serem aparadas. Sentindo isso em nosso coração, queremos
ser um cirurgião de nós mesmos e realizar muitas operações morais em nossa própria conduta.
Precisamos uns dos outros, encarnados e desencarnados, porque somos
todos irmãos e filhos de Deus. É bom que não penses que o desencarne é sinônimo de salvação.
A alma é na erraticidade o que foi na Terra, e vice-versa. Os santos e sábios, quando se
apresentam como tais, trabalharam milhares de anos a fio no aprimoramento próprio.
A nossa intenção é, com toda a sinceridade alma, convidar os homens
para uma grande fusão de valores em torno de Nosso Senhor Jesus Cristo e d'Ele beber a
água pura do Amor e passar a compreender como é bom aprender a amar, porque fora do
Amor não há salvação para a Humanidade.
E esse Amor tem um preço: o preço da auto educação, que devemos iniciar.
Vamos começar hoje? Agora?

Todos temos direitos e deveres.


Direitos todos temos, no pentagrama das nossas existências. Em confronto
com o que existe à nossa retaguarda, somos privilegiados pelas conquistas que o tempo nos
premiou na ascensão da vida. Porém, não podemos nos esquecer dos deveres a cumprir diante
dos outros, que viajam conosco no mesmo comboio planetário. Compete a nós respeitar
os que nos ajudam a viver, para que o próprio respeito nos garanta a tranquilidade. Temos
competência de fazer o que desejarmos que seja feito. No entanto, podemos assumir
com isso dívidas para com os nossos irmãos, se os nossos feitos não compartilharem com a
harmonia da criação.
O nosso direito é ser honesto e o nosso dever é respeitar a vida que o semelhante
leva, de modo que o tempo seja gasto somente na educação que nos compete adquirir.
O nosso direito é a honra onde quer que andemos e o nosso dever é o encargo de
trabalhar em silêncio nos moldes do exemplo, para ajudar quem ainda não percebeu os valores
das virtudes espirituais. O nosso direito é nos interessar pelo auto aprimoramento e a
nossa incumbência é trabalhar constantemente pela paz de todas as criaturas de Deus.
A condição nossa, de espírito que já despertou para a luz, é o imperativo
sagrado de ajudar a quem quer que seja, sem exigências descabidas, que possam nos levar ao
orgulho e à vaidade. Autoridade devemos ter, e é justo que a exercitemos nos domínios das
nossas emoções inferiores, porque, aí, a nossa missão se engrandece diante de todas as criaturas
que vivem conosco. Alistemo-nos no exército da salvação de nós mesmos, e entremos
na lição. Vamos lutar! Essa é uma guerra e não podemos fugir dos objetivos a que nos propusemos.
É uma conquista altamente valiosa, a conquista de nós mesmos. Estamos enfermos
e tão enfermos, que somente a cirurgia pode nos aliviar, a cirurgia moral. O terapeuta, quando
chega às portas da perfeição, trata somente dele mesmo, porque só ele se conhece bem, e
sabe, depois de Deus, os meios corretos da cura completa. Só ele mesmo conhece os segredos
da sua própria natureza e aplica os medicamentos correspondentes às suas necessidades.
Meu irmão, já analisaste todos os dias, se respeitas os direitos alheios, pelos
pensamentos, palavras e ações? Se não, fizer isso e começar a trabalhar dentro de ti mesmo.
Planta e cuida da terra, que o crescimento pertence ao Senhor, que nunca faltará com o
Seu amor e a Sua bondade. A prerrogativa de todos os seres é viver bem consigo mesmo.
Entretanto, temos grandes atribuições para com o próximo, que não pode sofrer com custo
para a nossa felicidade. Vigia a tua palavra, pois ela, sem a devida harmonia, incomoda quem
te ouve e desinquieta quem te acompanha.
Somos responsáveis pelo que somos e fazemos. Recebemos de volta o que
damos em todas as dimensões da vida. O comportamento da alma pode ser luz ou treva nos
teus próprios caminhos. Em tudo o que fizeres, lembra-te desta palavra: Respeito ? que os
teus direitos serão resguardados pela lei, que nada esquece.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Confiança abalada.


Somos dignos de confiança quando a merecemos. Como assim? Em nosso dia a dia recebemos a todo instante um voto de confiança das pessoas, partimos dela para assim, a mantermos ou a perdermos. Nós olhamos para as pessoas a princípio e acreditamos nelas até que algo aconteça que abale essa confiança.
Quando a confiança é abalada é difícil retomar ela, porque algo se quebra nesse instante. Quando mentimos para nossos pais e somos descobertos, há uma grande decepção que surge e nesse momento, o pai ou a mãe percebe que seu filho (a) já não é mais tão inocente assim e que, portanto é preciso avaliar melhor cada situação antes de confiar plenamente nele novamente.
Quando perdemos a confiança do nosso chefe, da nossa esposa ou do nosso marido, dos nossos pais ou dos nossos filhos, dos nossos amigos ou dos nossos colegas de trabalho, entre outros, a desconfiança se instala o que gera uma relação tensa. É triste não poder confiar em alguém que disse que iria manter em segredo algo íntimo seu... É desconfortável viver com alguém que mente, até mesmo para si mesmo... É complicado administrar uma relação onde não há mais confiança de um dos lados...
Uma vez quebrada a confiança é difícil reparar ela se não houver o perdão de coração, porque a tendência é sempre duvidar dessa pessoa. Para a pessoa que perdeu a confiança em si depositada, fica a percepção do ocorrido somente quando surge o seu amadurecimento, do quanto ela está fazendo mal para si mesma ao mentir, ao omitir algo das outras pessoas. Quando ela se dá por conta, desperta, o sentimento de vergonha é grande e a busca pela reparação se torna iminente...
Reconquistar a confiança de alguém que você perdeu nem sempre é possível, depende do tamanho do estrago feito pelas suas atitudes. Porém, quando o arrependimento é sincero, pode levar muito tempo, mas se busca com paciência e tolerância o perdão dessa pessoa. Então entenda, se você está nessa situação, que a confiança depositada em cima de você foi traída, seja pelo que foi dito, pelo que foi feito, pelo que foi omitido... Aceitar que você “pisou na bola” é um bom início para retomar o caminho de merecer ter a confiança das pessoas. Tenha paciência com elas, foi você mesmo que gerou essa desconfiança... Foi você que abusou dos bons sentimentos dela em relação a você...
Assumir seus erros e conscientizar-se das consequências deles permite que se perceba o tamanho e o alcance do estrago feito. A má fama de alguém normalmente está ligada a isso... Seja pelo lado de quem denigre (e aí esse alguém é descoberto e perde a confiança), ou porque não merece a confiança os demais passam a ser alertados para também não dar créditos a essa pessoa. Trata-se de um jogo de dominós, onde derrubada a primeira peça, as demais caem em seguida, uma atrás da outra...
Quando estamos diante de uma pessoa que abalou nossa confiança, seja porque que motivo for, e que percebeu seu erro temos dois caminhos: aceitamos sua falha e a perdoamos de coração ou decidimos nos afastar dela. Há níveis de perdão, o 1º nível você nem quer ver essa pessoa, mas com o passar do tempo, você consegue novamente ver nela boas intenções... Pode demorar muito tempo, mas é necessário da nossa parte que haja uma busca pelo perdão, se o que aconteceu se transformou em mágoa e rancor. Esses sentimentos somente fazem mal a nós mesmos, ninguém mais.
Somente com compaixão podemos encarar nosso próximo e com carinho perceber o melhor para aquela situação: falar ou calar, afastar-se ou dar um crédito de confiança a mais, perdoar ou ressentir-se... Uma coisa é fato, enquanto a pessoa não se dá por conta do mal que está fazendo (em especial a si mesma) ela tende a ser extremamente nociva a todos que estão por perto dela. Cautela nesses momentos é fundamental, prevenir-se sempre é uma boa escolha e atitudes precisam ser tomadas por conta disso... E, quando a pessoa despertar para o que ela fez, olhe nos olhos dela e perceba se isso é do fundo do seu coração, se o seu arrependimento é sincero... Do contrário, pode ser que ela esteja novamente, manipulando você e traindo assim a sua confiança, de novo! Nessa hora, afastar-se é uma boa opção, para que você aceite o momento dela e possa seguir em frente no seu caminho... Saber distinguir quando é hora de novamente dar um voto de confiança é fundamental, porque essa pessoa pode sim, se arrepender profundamente do que ela fez e buscar a sua libertação do passado através de um voto de confiança seu. Pense nisso!

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Entre você e Deus – Madre Teresa de Calcutá


Muitas vezes, as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas.
Perdoe-as, assim mesmo.

Se você é gentil, as pessoas podem acusá-lo de egoísta, interesseiro.
Seja gentil, assim mesmo.

Se você é um vencedor, terá alguns falsos amigos e inimigos verdadeiros.
Vença, assim mesmo.

Se você é honesto e franco, as pessoas podem enganá-lo.
Seja honesto e franco, assim mesmo.

Se você tem paz e é feliz, as pessoas podem sentir inveja.
Seja feliz, assim mesmo.

O bem que você faz hoje pode ser esquecido amanhã.
Faça o bem, assim mesmo.

Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante,
Dê o melhor de você, assim mesmo.

Veja você que, no final das contas é
Entre Você e Deus e não entre você e os homens.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Olhai para suas sementes!

                   
 Vejam aonde elas são jogadas e do que elas são feitas. Algumas sementes são feitas de amor e luz, caridade e justiça, compreensão e compaixão, outras são de ira e discórdia, mágoa e rancor, ressentimentos e injúrias.
Muitas vezes não enxergamos do que é feito as nossas sementes e simplesmente atiramos ou despejamos em qualquer lugar, sem se ater do risco e dos problemas futuros que possamos causar ao nosso próximo.
Lembremos que, alguns lugares são férteis e outros não; mas, sua terra é fértil para qual tipo de semente? A semente do amor ou da discórdia?
Deves preparar vosso coração que é a sua terra, o seu terreno para ser fértil, para brotar o amor e a luz, a sabedoria e o entendimento, para que possa alicerçar frutos dos mais saborosos e nutritivos que possa se aproveitar.
Uma terra que não é boa não vai abrigar uma semente boa, assim como uma terra que é preparada para boa semente, não vai abrigar uma semente ruim.
Deves tomar cuidado com sua semente e aonde vai jogá-la. Procurai avaliar vossas atitudes todos os dias, pois somos terras em constante transformação.
Devemos nos preocupar com o que fazemos, pois uma semente atirada em terreno fértil a ela, não há mais volta, pois a semente pode crescer e brotar rapidamente, a ponto de se enraizar e ser difícil de ser arrancada.
Portanto, irmãos que estão em busca de sabedoria e entendimento. Deve preparar vosso terreno que é o vosso coração, para abrigar a semente do amor. Deve alertar aqueles irmãos que, infelizmente, deixam que seus corações abriguem desejos e formas nocivas a sua própria existência. 
Deve se preocupar com que semente é jogada (palavras e ideias), pois essas que são ruins são as que brotam com mais rapidez, e uma vez que se enraizou, será difícil de arrancar.
Aquele que joga a semente da discórdia, geralmente já se nutre do fruto nocivo que já habita em teu ser. Que semente você quer jogar?
Pensem e reflitam.
Com amor,
Eu sou luz.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Para o resto de nossas vidas.


Existem coisas pequenas e grandes, coisas que levaremos para o resto de nossas vidas.
Talvez sejam poucas, quem sabe sejam muitas, depende de cada um, depende da vida de cada um de nós.
Levaremos lembranças, coisas que sempre serão inesquecíveis para nós, coisas que nos marcaram e irão nos marcar, que irão mexer com a nossa existência em algum instante.
Provavelmente iremos pela vida afora colecionando essas ocorrências, colocando em ordem de grandeza cada detalhe que nos foi importante, cada momento que interferiu em nossos dias, que deixou marcas; cada instante que foi cravado no nosso peito como uma tatuagem.
Marcas, isso, serão marcas. Umas mais profundas, outras superficiais, porém, com algum significado também.
Serão detalhes que guardaremos dentro de nós e que se contarmos para terceiros, talvez não tenham a menor importância, pois só nós saberemos o quanto foi incrível vivê-los.
Poderá ser uma música, quem sabe um livro, talvez uma poesia, uma carta, um e-mail, uma viagem, uma frase que alguém tenha nos dito num determinado momento.
Poderá ser um raiar de sol, um buquê de flores que se recebeu, um cartão de Natal, uma palavra amiga num momento preciso.
Talvez venha a ser um sentimento que foi abandonado, uma decepção, a perda de alguém querido, um certo encontro casual, um desencontro proposital.
Quem sabe uma amizade incomparável, um sonho que foi alcançado após muita luta, um que deixou de existir por puro fracasso. Pode ser simplesmente um instante, um olhar, um sorriso, um perfume, um beijo.
 Para o resto de nossas vidas levaremos pessoas guardadas em nossas memórias.
Umas porque nos dedicaram um carinho enorme, outras porque foram objeto do nosso amor e, ainda outras por terem nos magoado profundamente – essas que aguardam nosso perdão.
Lá na frente é que poderemos realmente saber a qualidade de vida que tivemos, a quantidade de marcas que conseguimos carregar conosco e a riqueza que cada uma delas guardou dentro de si.
Bem lá na frente é que poderemos avaliar do que exatamente foi feita a nossa vida, se de amor ou de rancor, se de alegrias ou de tristezas, se de vitórias ou derrotas, se de ilusões ou de realidades.
Pensemos sempre que hoje é só o começo de tudo, e que se houver algo de errado, ainda está em tempo de ser mudado, e que o resto de nossas vidas de certa forma ainda está em nossas mãos.
*   *   *
A vida não é uma correnteza bravia que nos leva adiante, ou, pelo menos, não deveria ser.
Precisamos saber que estamos no comando de nossa embarcação, e que somos nós que escolhemos as direções, as velocidades, os destinos.
Não nos deixemos levar pelo transcorrer dos dias. Não deixemos a vida passar por nós e, sim, passemos pela vida, conscientes de tudo, do que devemos fazer, de quem precisamos amar, de quem precisamos perdoar.
A vida não é uma correnteza bravia que nos leva adiante, é o rio que vislumbramos do alto da cabine de comando de nosso Espírito, o rio que devemos percorrer empregando todo o nosso esforço.

sábado, 29 de junho de 2013

Amor sem preço.



  Havia um garoto que, nos seus quase oito anos, adquirira um hábito nada salutar. Tudo para ele se resumia em dinheiro. Queria saber o preço de tudo o que via. Se não custasse grande coisa, para ele não tinha valor algum.

        Nem se apercebia o pequeno que há muitas coisas que dinheiro algum compra. E dentre essas coisas, algumas são as melhores do Mundo.

        Certo dia, no café da manhã, ele teve o cuidado de colocar sobre o prato da sua mãe um papelzinho cuidadosamente dobrado. A mãe o abriu e leu:

        Mamãe me deve: por levar recados - 3 reais; por tirar o lixo - 2 reais; por varrer o chão - 2 reais; extras - 1 real. Total que mamãe me deve: oito reais.

        A mãe espantou-se no primeiro momento. Depois, sorriu, guardou o bilhetinho no bolso do avental e não disse nada.

        O garoto foi para a escola e, naturalmente, retornou faminto. Correu para a mesa do almoço.

        Sobre o seu prato estava o seu bilhetinho com os oito reais. Os seus olhos faiscaram.

        Enfiou depressa o dinheiro no bolso e ficou imaginando o que compraria com aquela recompensa. Mas então, percebeu que havia um outro papel ao lado do seu prato. Igualzinho ao seu e bem dobrado.

        Abriu e viu que sua mãe também lhe deixara uma conta.

        Filhinho deve à mamãe: por amá-lo - nada. Por cuidar da sua catapora - nada. Pelas roupas, calçados e brinquedos nada. Pelas refeições e pelo lindo quarto - nada. Total que filhinho deve à mamãe - nada.

        O menino ficou sentado, lendo e relendo a sua nova conta. Não conseguia dizer nenhuma palavra. Depois se levantou, pegou os oito reais e os colocou na mão de sua mãe.

        A partir desse dia, ele passou a ajudar sua mãe por amor.

* * *
        Nossos filhos são Espíritos que trazem suas virtudes e suas paixões inferiores de outras existências. Cabe-nos examiná-las para auxiliá-los na consolidação das primeiras e no combate às segundas.

        Todo momento é propício e não deve ser desperdiçado.

        As ações são sempre mais fortes que as palavras.

        Na condução dos nossos filhos, cabe-nos executar a especial tarefa de agir sempre com dignidade e bom senso, o que equivale a dizer, educar-nos.

        Com exceção dos filhos extremamente rebeldes, uma boa dose de amor somada à energia, sempre dá bons resultados.
* * *
        É no lar que recebemos os primeiros ensinamentos sobre as virtudes.

        Na construção do senso moral, dos conceitos de certo e errado são muito importantes os exemplos dados pelos pais.

        É no doce mundo familiar que se adquire o hábito da virtude que nos guiará as ações quando sairmos mundo afora.