sexta-feira, 4 de julho de 2014

O CÉU QUE NOS PROTEGE



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Para onde vão os amores que partem para a Pátria Espiritual, deixando-nos uma grande saudade n'alma? Será que continuam a olhar por nós? Ou, envolvidos em outras tarefas, esquecerão os amores deixados na Terra? Com certeza, muitos de nós nos questionamos a respeito.
Mas, Rose, grávida de oito meses, estava, naqueles dias, preparando-se para receber seu bebê. E não havia espaço, em sua mente para outra coisa. O bebê, tão aguardado, logo nasceria. Subitamente, contudo, ele deu sinais de problemas cardíacos. A apreensão dos médicos inquietou ainda mais a jovem mãe. Disseram-lhe que as possibilidades do seu filhinho viver eram limitadas.
Durante as vinte e quatro horas seguintes, médicos e enfermeiras mantiveram vigília. As condições do feto pioraram e a opção foi induzir o parto. Rose deu à luz um menino e ficou esperando pelos prognósticos. Observava as enfermeiras irem e virem, ouvia o som de máquinas, sentia o cheiro de desinfetante. Por fim, dominada pelo cansaço, ela dormiu.
O capelão do hospital foi chamado pela equipe médica, tendo em vista a preocupação com o pequenino que poderia morrer a qualquer momento. O padre veio e, na sua crença, pensou que o melhor seria a criança ser encomendada a Deus, a fim de que seu Espírito pudesse ser recebido pelos anjos, na espiritualidade. E assim o fez.
Enquanto isso, Rose teve um sonho. Seu tio Patrick, desencarnado há muitos anos, lhe apareceu. Ela não conseguiu apreender detalhes. Mas o rosto do tio, sereno, ficou fixado em sua memória. Também a mensagem de esperança: Não se preocupe. Seu filho ficará bem. Vai dar tudo certo.
Quando Rose acordou, seu coração estava apaziguado. Uma grande serenidade a envolvia, pensando na frase alentadora que ouvira de seu tio. Então, ela viu o padre e ficou aterrorizada. Seu filho teria morrido? O sacerdote deve ter percebido a sua inquietação, pois falou rápido: "Minha filha, agarre-se à esperança. Orei por seu filho e até resolvi batizá-lo. Como não sabia como chamá-lo, eu o chamei de Patrick. Espero que não se importe".
Quando ela ia abrir a boca para relatar o sonho com seu tio, um médico adentrou o quarto e deu a informação de que a situação da criança estabilizara. Rose suspirou, aliviada. Foi até o berçário e olhou para o seu bebê, dormindo na incubadora. O pequeno peito subia e descia, no ritmo do coração. Ela colou seu rosto no vidro e sussurrou: "Patrick, meu filho, vai dar tudo certo".


A morte não rompe os vínculos do afeto. E, mais do que imaginamos ou possamos ter consciência, os seres amados continuam a nos proteger. Muitos deles se tornam, com aquiescência Divina, zelosos protetores dos seus amores.


Momento Espírita, com base em história
do livro Pequenos milagres, v. II, de Yitta Halberstam
e Judith Leventhal, ed. Sextante.

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